terça-feira, 12 de agosto de 2008

Filha de peixe...


Essa garotinha linda da foto é a Ana Beatriz (em 29/10/07), minha filhota querida. Nas mãos, ela traz um chaveiro com uma foto de quando eu tinha uns 3 anos de idade. E aí, somos ou não somos parecidas?

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O ancestral da caravan



Hei, olha um flagrante do ancestral da Caravan aí: uma Variant! Bem bela, avermelhadamente estacionada na nossa primeira casa de Joinville, onde moramos de 1974 a 1977. O ano era 1974 e na foto acima estão: Tio Flávio, Nair, Ike (sentado no muro), tia Ceiça e vó Mimosa (comigo no colo). Voilá! Nesta fotinho ao lado, euzinha pequenina, com cara de poucos amigos. Também, quem mandou me tirar do colinho da vovó e colocar no carrinho? Ninguém merece.

domingo, 10 de agosto de 2008

A caravan vermelha do meu pai



Ano estimado da foto: 1977. Da esq. pra dir: Tio Flávio, Tia Ceiça (com o Eduardo no colo), Nair, Felix Frederico, vó Mimosa, vó Oraides, Ana (eu) e Ike (menino de chapéu).

Meu pai, o Félix Frederico, adorava caravans. Trocava uma por outra e, ao longo da minha infância, não lembro de termos tido outro carro. Essa alaranjada da foto é o meu primeiro registro. Depois lembro de uma bordô, mais moderna. E de uma cinza metálica, muito cobiçada pelos nossos vizinhos, que disputaram para comprá-la da minha mãe, quando o pai faleceu em 1989. Acho que a cinza foi a última (com a qual aprendi a dirigir). Sei que houve outras e que eram enormes.

Nas férias de fim de ano, íamos todos acampar em Santa Catarina, com o reboque "Camping Car" engatado. Para a alegria da criançada, na traseira da caminhonete, meu pai improvisava camas com colchonetes sobre as malas e os mantimentos suficientes para um mês de dolce far niente. E lá esparramávamos nossas expectativas: "Falta muito? Já chegou?". Era uma folia danada.

Numas férias, carro lotado, família a postos, euforia pipocando no ar, meu pai engatou a primeira e arrancou rumo ao horizonte da rua em que morávamos no bairro Petrópolis, em Porto Alegre (onde a minha mãe ainda mora). Com a caravan atravessada na calçada, esperando para fazer a manobra e ver se não vinha nenhum outro carro na rua, de repente ouvimos um estrondo: BUM! Que susto! Haveria estourado algum pneu? Nada disso.

Um garoto, descendo a lomba numa bicicleta sem freio se espatifou no vidro do carro. O vidro não quebrou, mas o menino... Pronto, para tudo, dá assistência pro guri, desce todo mundo, desengata o reboque, recolhe o que sobrou da bicicleta, foi uma função. Apesar de todo ralado, o garoto não quis ir de jeito nenhum para o Pronto-Socorro. Estava nervoso e constrangido que havia amassado todo o carro do meu pai.

Meu pai não estava feliz, também, vendo sua caravan danificada. Mas quando levou o guri em casa e viu a pobreza do lugar onde morava, em vez de cobrar o reparo, fez o contrário: comprou um rancho (cesta básica) para a família dele. Porque há certas oportunidades na vida que não se pode perder. Meu pai disse que foi uma sorte ter acontecido o acidente. A família do menino não tinha o que comer.